O resveratrol é uma substância bioativa conhecida também como polifenol. Algumas plantas produzem esse composto para se protegerem de estresses, infecções e danos causados por radicais livres ou radiação UV. A versão mais recomendada para consumo é o trans-resveratrol, pois é mais estável e reconhecida por seus benefícios à saúde. Segundo o estudo Resveratrol, Metabolic Syndrome, and Gut Microbiota realizado em 2018, o resveratrol pode ter ação antioxidante e anti-inflamatória.
Caso você já tenha ouvido falar que consumir vinho tinto faz bem à saúde, é muito provável que também já tenha escutado sobre o resveratrol – um composto que está presente nessa bebida.
O resveratrol é um polifenol naturalmente encontrado em várias plantas, incluindo as cascas das uvas tintas, amoras, mirtilos e no amendoim. Naturalmente, o resveratrol existe em duas formas: cis- e a trans-resveratrol.
O cis-resveratrol e o trans-resveratrol diferem na configuração espacial de seus átomos, o que impacta significativamente suas propriedades biológicas. Entre essas duas formas, o trans-resveratrol é considerado mais biologicamente ativo e estável. Esta estabilidade confere ao trans-resveratrol uma maior capacidade de ser absorvido pelo corpo de maneira mais eficiente.
O consumo de resveratrol serve para complementar a alimentação e oferecer alguns potenciais benefícios adicionais à saúde:
Estudos como o de Rousselot (2016), já relataram que consumir resveratrol regularmente está associado à proteção cardiovascular, diminuindo o risco de aterosclerose, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência cardíaca.
Muitas doenças de pele derivam da radiação ultravioleta e do estresse oxidativo. Conforme o estudo The impact of resveratrol on skin wound healing, scarring, and aging, and aging, o resveratrol pode ser uma abordagem de tratamento viável para apoiar a cicatrização de feridas, neutralizar a cicatrização de feridas excessivas e até mesmo ajudar a prevenir o fotoenvelhecimento da pele.
Um estudo realizado pela Universidade de Buffalo nos Estados Unidos, apontou que o resveratrol bloqueia uma enzima relacionada ao controle de estresse no cérebro, afetando a saúde mental positivamente.
O interesse da utilização do resveratrol na saúde mental e nos transtornos psiquiátricos se deve às suas possíveis características anti-inflamatórias e antioxidantes. Assim como na depressão, conforme um estudo de 2020 publicado na revista Cell, o composto bioativo pode oferecer benefícios adjuvantes para a ansiedade.
O resveratrol pode auxiliar em certas funções cerebrais. Inclusive, um estudo conduzido por cientistas brasileiros publicado em 2020, já demonstraram que essa substância melhorou significativamente algumas medidas de desempenho cognitivo.